segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Criminal Minds 15ª Temporada (End Series)

 


 
15x01 – Under the Skin

 O homem não é o que ele pensa ser. Ele é o que se esconde.

Andre Malraux

 

 

15x02 – Awakenings

 

Nada acontece até que algo se mova.

Albert Einstein

 

Que sorte que eu tenho de possuir algo que torna tão difícil a despedida.

A. A. Milne

 

 

15x03 – Espectator Slowing

 

A vida não tem obrigação de nos dar o que esperamos.

Margaret Mitchell

 

 

15x04 – Saturday

 

A única razão para perguntarmos sobre o fim de semana de alguém é para podermos contar sobre o nosso.

Chuck Palahniuk

 

 

15x05 – Ghost

 

Agora eu sei o que é um fantasma. Questões pendentes, é isso que é.

Salman Rushdie

 

A única coisa que torna a batalha psicologicamente tolerável é o companheirismo entre os soldados.
Sebastian Junger


 

15x06 – Date Night

 

Psicóticos: diga o que quiser sobre eles, mas eles sempre tomam a iniciativa.

David Foster Wallace

 

 

15x07 – Rusty

 

A história possui um modo de alterar os vilões de forma que não nos vejamos mais neles.

Adam Serwer

 

Devemos estar dispostos a deixar a vida planejada para termos assim a vida que espera por nós.

Joseph Campbell

 


15x08 – Family Tree

 

Eles falam do que bebo, mas não da minha sede.

Provérbio Escocês

 

Nós, Serial Killers, somos seus filhos, somos seus maridos, nós estamos em toda parte e haverá mais crianças suas mortas amanhã.

Ted Bundy

(Theodore Robert Bundy, mais conhecido pela alcunha de "Ted Bundy" foi um notório assassino em série americano que sequestrou, estuprou e matou várias mulheres jovens na década de 1970 ou antes. Wikipédia)


 

15x09 – Face Off

 

Pessoas feridas são perigosas. Elas sabem que conseguem sobreviver.

Josephine Hart


 

15x10 – And in the End…

 

Boa noite. Adeus. Boa sorte. Não chore. É o limite de tudo isso. Todos os meus amigos. No final do mundo. Desejo vê-los novamente. É o final deste tempo. É o final do nosso tempo. Oh, quão pouco sabemos. Temos um caminho tão longo a frente. Quando você dormir hoje à noite você estará em meus sonhos. É um tipo de amor, é tudo escuro. Nada me confortando. A Terra ficou em silêncio e o ar parou. Agora eu sinto você mais do que jamais senti.

Soft Dark Nothing – Lily Kershaw.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Ser Escritor – Danny Marks




          Qual o conselho que você dá para os escritores iniciantes? Invariavelmente me fazem essa pergunta nas palestras que participo e a minha resposta é invariavelmente a mesma: Desista. Se você conseguir então pode ter uma vida tranquila, do contrário, bem-vindo ao time dos que vão sofrer para o divertimento de César.
          Atualmente qualquer pessoa pode publicar um livro, ou vários. Existe uma indústria inteira dedicada aos novos escritores. Sim, é uma indústria lucrativa para quem trabalha no entorno da produção literária. Um autor independente paga para fazerem a revisão, diagramação, capa, divulgação, book trailer, eventos de lançamento, eventos de autógrafos, sorteio de livros, ilustrações, críticos, agentes literários (que talvez consigam uma chance de publicação em uma grande editora). Há os que pagam para uma editora fazer tudo isso e ficam com uma pequena parte do possível lucro e uma boa parte das despesas (as editoras por demanda).
          Há plataformas que você pode até publicar gratuitamente, ou quase, porque o trabalho de vender, divulgar, diagramar, fazer capa, ilustração, etc é todo seu e se conseguir vender bem, recebe parte do lucro. Mas pode se arriscar a enviar originais para alguma editora e responder perguntas do tipo: Quantos dos seus amigos acredita que comprariam o seu livro? Qual o nível de influência digital que você possui? Qual a sua previsão de vendas para um primeiro disparo?
          Há algo errado nisso? Sim, há. Amigos não são “público”, não os torne isso ou vai ficar sem os dois mais rápido que imagina. Amigos podem comprar seus livros e até gostarem de suas histórias, mas não baseie sua carreira na quantidade de amigos dispostos a “dar uma força” ou ela vai terminar de forma mais rápida e frustrante que imagina. Qualquer pessoa razoavelmente consciente de como funciona o mercado literário sabe que um livro não se vende sozinho, por melhor que seja a história. O autor precisa ser, no mínimo, famoso antes de tentar a fama na literatura. Se não for famoso, considere gastar um bom dinheiro em marketing pessoal e do seu livro para ter alguma chance, ou espere um golpe de sorte que pode levar anos, ou nunca chegar.
          Considere também fazer muitos cursos de aperfeiçoamento, melhorar cada vez mais a escrita, aprofundar seus conhecimentos de roteiros, nichos de mercado, estilos literários, tendências de público, pesquisas gerais e ferramentas de trabalho tecnológicas (sim, existem várias disponíveis e necessárias para cada uma das etapas que vai ter que enfrentar). Depois de pronto o livro vem a parte trabalhosa de se divulgar e divulgar a sua obra. E se fizer sucesso (parabéns!) prepare-se para ser cobrado do próximo livro em menos de um ano. Ou seja, não terá tempo para fazer a divulgação do livro recém-lançado e o próximo livro ao mesmo tempo. E se demorar demais para lançar o segundo, já terá perdido o impulso do primeiro, é nesse ponto que entram os agentes da indústria do livro para ajuda-lo (e lucrar) com seu trabalho.
          Isso ocorre basicamente em qualquer país do mundo, mas há países como o Brasil em que as coisas são piores. Aqui livro não é gênero de primeira necessidade, não é considerado como diversão, a menos que possa ser discutido abertamente com os amigos que também leram e gostaram. Ou seja, se não conquistar uma galera legal logo de cara, suas chances de sucesso decrescem absurdamente. As pessoas vão achar muito caro um livro de um autor brasileiro desconhecido que custa em torno de R$ 50,00 (a média das produções independentes), pagarão mais caro para ter um livro importado de um autor famoso, ou irão preferir gastar mais em uma noitada regada a cerveja (uma pizza chega a esse valor facilmente, já pensou nisso?).
          Tem a questão da distribuição, se o seu livro não ficar acessível, não será comprado. O frete custa caro, um livro usado de um autor estrangeiro custa em média R$ 20,00, o frete custa em torno de R$ 10,00. Ou seja, um livro usado de um autor estrangeiro que alguns amigos comentam custa mais barato do que um livro novo de um autor nacional que ninguém conhece, e jamais vão conhecer porque ninguém deu uma oportunidade. Mas é claro que há os eBooks que além de serem ecológicos permitem uma ampliação do mercado e dos leitores, certo?
          Errado. Já parou para ver o preço dos leitores de eBook? As plataformas dedicadas de sua “biblioteca” que não podem ser lidas em outros espaços de uma forma confortável? Já se imaginou indo a praia ou em algum lugar público levando um eReader? Que tal ler no notebook ou tablet? Celular? Provavelmente vai ficar mais preocupado em ser assaltado do que com a história, fora o desconforto de um aparelho não direcionado para uma leitura prazerosa. Livros físicos ainda são a melhor opção nesses casos portanto voltamos ao mesmo ponto. Sem divulgação, sem vendas. Sem escala, preços que são “caros” se comparados a outros tipos de divertimento que dão menos trabalho. Um cinema conta uma história de 200 páginas em duas horas e custa quase o mesmo preço e muita gente vai ver. Claro que não é a história completa, mas se pode assistir o resumo, para que imaginar todo o roteiro?
          Percebe que não é tão maluca a minha resposta lá do início? Ser Escritor não é uma profissão conceituada, tanto que atualmente qualquer um pode se considerar escritor e alimentar essa indústria com seus sonhos e esperanças. E não vejo problema algum nisso. As pessoas precisam trabalhar e é bom que alguém possa ganhar dinheiro com livros no Brasil, ainda que não sejam os autores, ainda que seja às custas deles. Mas que seja dito a verdade e que saibam onde estão se metendo para não ficarem frustrados e acreditarem que estão fazendo algo de errado. Não estão, apenas não há nenhum interesse em tornar alguém um ilustre artista sem que tenha percorrido todo o calvário de armadilhas, desesperos, os sete círculos do inferno de Dante.
          Se conseguir desistir, faça agora e vai perceber que foi um ótimo negócio abandonar essa besteira. Mas se não conseguir, então não tem jeito. Torne-se o seu principal leitor, escreva para o seu prazer e satisfaça-se com isso. Invista no seu trabalho como se fosse um hobby caro do qual extrai tudo o que precisa, mesmo que sejam alguns elogios de pessoas próximas. Perceba que a sua vida é uma história e que ela contém inúmeras narrativas interessantes que gostaria de deixar registradas em algum lugar para que possa olhar para elas de vez em quando e se emocionar. Publique seu livro com a qualidade que gostaria de ver em todos os livros que compra, porque aqueles que lhe derem esse voto de confiança merecem respeito e simpatia.
          E quando ver alguém tentando fazer o mesmo, ajude-o. Compre o livro dele, divulgue o trabalho, converse a respeito e ouça o que ele tem a dizer. Pode se surpreender ao ter prazer nisso, saber que por mais solitária que seja a escrita, não está realmente sozinho. Está cercado de personagens de todos os tipos, de pessoas que merecem ouvir ou ler uma boa história. Vai perceber que todo esforço vale a pena, se a alma não for pequena, como disse um escritor que ninguém conheceria se não tivesse se aventurado nesse caminho. Que teve que penar muito para ter seus textos lidos e ser reconhecido, mas hoje todos sabem que existiu e se tornou importante para muitos.
          E se quiser saber da minha obra e ajudar a divulgar, então passe no meu site e veja quantas histórias podemos partilhar. Terei o maior prazer em conversar com você em www.dannymarks.com.br. Obrigado por sua atenção, nos vemos na próxima história.

domingo, 22 de setembro de 2019

Microconto - Danny Marks

Resultado de imagem para Li em um café

Era uma vez uma religião!
Li isso em um café.
Quem nunca teve uma ressaca?

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Água Aromatizada – Danny Marks


Existem histórias que acabam não sendo contadas, não por sua importância, mas por outros fatores que nem sempre dominamos. Esta história envolve literatura, ficção e vida real, sem barreiras separando-as. Aconteceu no domingo, 18/08/2019, em Paranapiacaba/SP onde ocorriam dois eventos simultâneos. O Festival do Cambuci, com diversas iguarias feitas a partir desta fruta e o VI Steamcon Paranapiacaba, um evento steampunk. Para quem não conhece o Steampunk é uma variação literária originada do Movimento Cyberpunk que renovou a Ficção Científica em bases diferentes, demonstrando que nem sempre a tecnologia traz em seu bojo as sementes de uma sociedade melhor; por ser uma ferramenta necessita de pessoas melhores para que os seus resultados sejam proveitosos para todos. Com essa premissa básica surgiram inúmeros subgêneros da Literatura Cyberpunk (que se tornou um gênero literário em si, com variantes próprias), entre eles o retrofuturismo vitoriano, também conhecido como Steampunk.
Paranapiacaba tem sua história vinculada às ferrovias, cujas locomotivas antigas usavam a energia do vapor para se deslocar. Junto a sua bem preservada estrutura de uma cidade interiorana com casas em modelos que lembram as antigas construções (algumas são desse período mesmo, restauradas e preservadas) e o clima montanhoso e cheio de cenários e histórias fortes, tornou-se um ponto ideal para as pessoas que criam personagens baseados no modelo ficcional do Steampunk, com acessórios, armas e roupas que lembram a época vitoriana em especial ou variações que remetem ao tema e seguem um possível avanço tecnológico alternativo. Steamplay é mais do que criar um personagem, é criar uma história para o seu personagem e incorpora-lo durante os eventos, reconstruindo a literatura em bases concretas, mesclando-a com a realidade de forma harmônica para além da imaginação.
Ok, este é o cenário básico da minha história real, mas serve apenas para pano de fundo da cena em si. No dia citado compareci como autor e apreciador de eventos literários. Sempre é bom conhecer mais pessoas e situações, sem falar em cenários que posso usar em algumas das minhas narrativas. Mas, como sempre digo, mais importante do que os cenários são as pessoas. É nesse ponto que entra a minha mais recente amiga Rosana Martim. Eu havia andado pela cidade sob um sol forte, usando roupas não tão adequadas a um clima desses, ainda mais que nunca se sabe quando vai fazer um frio congelante ou um calor escaldante, às vezes as temperaturas sobem ou descem de forma assustadoramente sobrenatural por lá, fica o aviso.
Cansado depois de um dia com diversos eventos e atrações, depois de ter visitado diversos lugares e ficado com a certeza de que não conseguiria ver tudo o que gostaria, não importando quantas vezes retornasse (que dirá em um único dia), passei em frente a uma das casas que também abriga um comércio. Convidado por um amigo que foi comigo na excursão para o evento, me sentei para terminar de tomar o sorvete de morango com leite condensado e cobertura de limão (parece absurda a combinação, mas estava excelente). Sedento pelo sol, pelo sorvete e por ter desidratado em bicas durante o dia, resolvi comprar uma água no café que há dentro da casa. Perguntei a dona Rosana se tinha água e ela me disse que não tinha nenhuma para vender, mas me ofereceu uma água aromatizada com ervas de sua fabricação.
Eu queria água gelada, ela percebeu isso, a aromatizada era ao natural, então me perguntou se servia uma “torneiral estupidamente gelada”. Eu brinquei que só aceitaria se fosse assim, já que não poderia comprar a água iria ser exigente. Ela riu e pegou no freezer um copo de água que estava quase congelando. Reparei que era um copo plástico comum, desses que se usam para beber, não era um empreendimento de fazer gelo ou algo do tipo. Aceitei a generosa oferta percebendo que se destinava a dona do estabelecimento que ao ver a minha frustração em não ter uma água fresca para matar a sede, resolveu me ceder sua própria.
Bebi com satisfação e agradecimento, aceitei depois mais um copo de água aromatizada. Naquele momento me lembrei do romance Um Estranho em Uma Terra Estranha do Robert Heinlein que trata sobre um humano criado por marcianos e que considera como uma oferenda de irmandade, um copo de água. Para quem conhece a história fazer paralelos é muito simples, para quem não conhece, fica a recomendação de uma excelente novela de FC. Assim que percebi que havia recebido uma graça dessa graciosa pessoa que é Rosana, me senti compelido a lhe dar algo tão simbólico e dadivoso quanto. Peguei o meu boton de Sobreviventes, com a triqueta enlaçada (símbolo celta da trindade divina, do infinito, das boas energias universais de prosperidade e fartura que também representa o meu livro SOBREVIVENTES) e presenteei a minha “irmã de água”. Meu celular estava com a bateria quase no fim e achei até que já havia “morrido”, me despedi da senhora e fui até a feira comprar um licor de cambucí em uma caveira de vidro (queria levar algo de lembrança, com muitas ideias delirantes na cabeça).
Então em um impulso resolvi verificar o meu cel e vi que restava uma faixa vermelha de bateria, mas ainda não havia “morrido”. Voltei até a casa da Rosana e pedi para tirar uma foto com ela, se conseguisse. Um rapaz que havia estado lá tomando um café e estava de saída, e que acompanhara todo o caso, se ofereceu para bater as fotos antes de ir. Agradeci esse gesto de bondade também. Como falei para dona Rosana, uma gentileza se paga com gentileza e isso torna o mundo melhor para todos. Estava provado o fato naquele momento. Tiramos as fotos, peguei o cartão dela para enviar a foto e prometi divulgar a sua loja. Mais do que isso escolhi divulgar a generosidade de Rosana do espaço colaborativo de artesões Mutyrô (mutirão em tupi-guarani) em Paranapiacaba.
Conversamos sobre o meu livro e ela sempre generosa escutou com atenção. Ainda a vi depois pouco antes de voltar ao ponto de encontro para o retorno e dei um aceno de mão que ela me retribuiu. Fiquei com a marca desse mágico encontro em uma cidade mágica, em meio a um evento cheio de magia e literatura, agraciado por uma água fresca, pela generosidade e pelas ervas aromáticas. Existem histórias que jamais vão ser contadas, muitas vezes por que nos perdemos em meio a tantas questões menores, mas esta faço questão de deixar registrada, principalmente porque são esses pequenos gestos que renovam a minha fé no Ser Humano e na Literatura que sempre se preocupa em nos apontar os caminhos bons e ruins para que possamos fazer nossas escolhas conscientes da responsabilidade que adquirimos com nossos atos.
          Não sei se ainda volto em Paranapiacaba, o futuro não nos pertence, embora sempre estejamos tentando nos apossar dele e determina-lo. Não sei o que dona Rosana, minha irmã de água vai achar ao ler esta crônica, mas a história será contada e recomendo a quem for à Paranapiacaba que procure o Mutyrô da dona Rosana. Houve tantas outras histórias interessantes neste dia, mas isso fica para outro momento, esta é a história da Água Aromatizada de Paranapiacaba, e é tudo o que precisa ser.

PS:
Corrigi os nomes com base no gentil email que recebi de Rosana MARTINS, do espaço colaborativo para artesões MUTYRÔ.  Essas informações eram provenientes de um cartão de visitas que não estava muito legível e por isso o erro, mas aqui está parte da resposta da minha amiga por email e o motivo das alterações.

"Muito obrigada pelas fotos e pelas referências a meu gesto tão... simples: um copo de água!
 Mas acho, como você, que é isso mesmo... os pequenos gestos talvez sejam os realmente grandes, aqueles capazes de mudar o mundo.
 Meu nome é Rosana Martin. O nome desse espaço em que você tomou água é Mutyrô ("Mutirão", em tupi-guarani). Somos artesãos reunidos nesse espaço colaborativo.
 O Funicularte não é meu... somos artesãos, na área de cerâmica, que trabalham em Paranapiacaba. 
 Obrigada mais uma vez por tudo. " Rosana Martin

Eu é que agradeço, sempre, os gestos de generosidade que são distribuídos tão graciosamente. Com certeza vão mudar o mundo.

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